Depois de Beth Carvalho, homenageada pela Acadêmicos do Tatuapé, foi a vez de um outro carioca invadir o Anhembi neste primeiro dia de desfiles em São Paulo: o ator e compositor Mário Lago, tema da Mancha Verde no enredo 'Mario Lago. O Homem do Século 20'.
Em busca do seu primeiro título, a quarta colocada de 2012 fez um desfile para, no mínimo, se manter novamente entre as grandes, mesmo sem ter levantado a arquibancada.
A vida de Mário Lago, que morreu em 2002, aos 91 anos, foi contada em ordem cronológica na avenida pelo carnavalesco Troy. Além de ator e compositor de sucesso, o homenageado foi advogado, poeta e radialista.
Mário Lago, tido como um homem de visão e à frente do seu tempo, veio representado logo na comissão de frente, por meio de uma estátua viva, um dos pontos altos do desfile.
Apesar de ser uma escola de samba ligada ao Palmeiras, a Mancha Verde não escondeu a paixão do compositor pelo Fluminense, seu clube do coração, retratada no Anhembi. Porém, talvez o que mais tenha chamado atenção foram as referências ao Mário “malandro” e boêmio.
A Lapa, bairro carioca e reduto da boemia, foi retratada em um carro alegórico e também pela bateria do mestre Caju, com os componentes fantasiados de malandros da Lapa. À frente, a rainha Viviane Araújo, que dispensa comentários.
O último carro alegórico trouxe as novelas pelas quais Mário Lago participou. Uma enorme mulher grávida representava a “Barriga de Aluguel”, na qual o ator viveu o dr. Molina com grande sucesso em 1990. Curiosamente, em 2001, em seu último papel, em “O Clone”, Mário também representou um médico com o mesmo nome.
A Mancha Verde desfilou com três mil componentes, sem cometer nenhum grande erro. Os componentes foram divididos em 30 alas e cinco carros alegóricos