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quarta-feira, 7 de março de 2012

Antropóloga afirma que programas de tv como os de Silas Malafaia e R.R. Soares são um risco a “informação de qualidade”.


  • A antropóloga Débora Diniz, autora do livro
    “Laicidade e Ensino Religioso no Brasil”, fez
    uma análise sobre o que chamou de
    transformação de denominações
    pentecostais e neopentecostais em
    “religiões eletrônicas”, nessa análise ela
    afirmou que a crescente presença dessas
    denominações evangélicas nas TVs e
    emissoras de rádio representa uma ameaça
    às liberdades de credo e de expressão.
    A antropóloga afirmou que, sendo um
    serviço de concessão pública concedido
    pelo Estado laico, o uso da TV deveria ser
    mais democrático. Ela disse ainda que a
    hegemonia nos meios eletrônicos da
    pregação evangélica tem propagado ideias
    conservadoras, fortalecendo a intolerância
    religiosa.
    Diniz argumentou que o que acontece na
    prática é que alguns grupos de
    comunicação estão ganhando muito
    dinheiro com a venda de horários a igrejas
    milionárias e outras organizações religiosas
    chegam a ter seus próprios canais de TV. Ela
    afirma que dessa forma o que acaba sendo
    imposto é a pregação de um único credo,
    em detrimento dos outros, colocando mais
    ainda à margem religiões de matriz afro-
    brasileira, como o candomblé e a umbanda.
    “O público fica sem alternativa e sem acesso
    à informação de qualidade e,
    consequentemente, sem ferramentas para a
    formação de opinião”, criticou a
    antropóloga.
    De acordo com a Folha.com, em meados de
    2011 as igrejas ocupavam 140 horas
    semanais na programação da TV aberta,
    volume que aumentou devido à compra,
    pela Igreja da Graça de Deus, liderada pelo
    missionário R.R. Soares, do espaço no
    horário nobre da Rede TV!. Negociação esta
    que movimenta mais de R$ 6 milhões
    mensalmente.
    A antropóloga concluiu sua entrevista ao
    portal iG afirmando que “existe um
    favorecimento ao cristianismo, que oprime e
    impede que as minorias religiosas e as
    organizações não religiosas dedicadas à
    difusão de uma cultura de tolerância
    ocupem espaços e tenham voz”.

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